A PSP – Paralisia Supranuclear Progressiva é uma doença rara, que atinge cerca de 6 em cada 100.000 habitantes, o que a torna uma doença rara. Descrita pela primeira vez na década de 60, o seu aparecimento e evolução são ainda pouco conhecidos. No entanto, sabe-se que é mais comum nos homens do que nas mulheres, com maior destaque a partir dos 60 anos, contudo encontram-se relatos já a partir dos 40 anos.
Por vezes, pode ser confundida com a doença de Parkinson, ou até mesmo enquadrada em quadros demenciais, dado que afeta algumas zonas do cérebro, responsáveis pelos movimentos intencionais e os involuntários, as mudanças posturais, assim, como as funções como deglutição, respiração e frequência cardíaca.
Atualmente, atribui-se o evoluir da doença a um depósito anormal da proteína tau no cérebro dos pacientes, o que acontece – referem os Estudos – de forma semelhante na doença de Alzheimer.
Os principais sintomas apresentados caracterizam-se por um quadro progressivo de:
- rigidez na nuca e tronco,
- movimentos lentificados,
- descoordenação motora,
- dificuldade em caminhar, quedas frequentes e,
- dificuldades no raciocínio.
À data, ainda não existe um tratamento eficaz para a cura da PSP pelo que, o objetivo terapêutico passa por proporcionar um alívio temporário ou um atraso na evolução da sintomatologia. O Terapeuta da Fala intervém em vários níveis:
- voz e fala do paciente, mantendo a máxima flexibilidade ao nível da articulação e uma voz audível;
- estimulação da cognição com o intuito de manter a autonomia comunicativa possível tendo em conta o quadro e a progressão da doença;
- ajuda no processo de deglutição, reduzindo o risco de aspiração e infeções.
Importa referir que, o papel do Terapeuta da Fala se estende à família uma vez que são dadas orientações aos familiares e cuidadores de modo a recomendar estratégias e medidas de segurança a adotar no dia-a-dia.
É de realçar a importância da alimentação. Se à semelhança da doença de Alzheimer, existe uma acumulação de depósitos de proteína tau verificados na Paralisia Supranuclear Progressiva, faz-nos sentido pensar numa alimentação balanceada, cujo cardápio seja repleto de: frutas, em especial as vermelhas; legumes; consumo moderado de cereais; gorduras monoinsaturadas, conhecidas como gorduras boas, e presentes no amendoim, azeitonas e castanhas; e peixes ricos em Omega 3, encontrado no salmão, atum e sardinha. E, claro, resistir aos produtos refinados, ao excessivo consumo de leite e seus derivados, álcool, carne vermelha, gorduras, fritos, e alimentos com muitos corantes e conservantes.
Catarina Olim e Helena Ribeiro, Terapeutas da Fala Da Arte e Fala, em Parceria com o Grupo One Clinics
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